Um brinde a Baco, o deus do vinho
O deus dos excessos
Porque exceder é estar além
É ver o dia amanhecer e entender a lógica de rotação da Terra
É pensar na vida como algo prazeroso e que deve ser vivido
É pensar na efêmeridade da vida e no quanto somos hipócritas ao renunciarmos aos próprios desejos em prol de um senso comum
E o que é o senso comum? Se pensamos que tudo acaba quando se acaba a vida?
Não vale a pena viver tudo que se tem pra viver? Tudo, tudo mesmo?
Um brinde a Baco, o deus do vinho
O deus dos excessos
Porque exceder é viver.
Exceder é acreditar que o homem foi a Lua.
Exceder é gritar quando se tem vontade de gritar.
Porque eu sou eu, enquanto sou eu.
Um brinde a Baco, o deus do vinho
O deus dos excessos
Porque exceder é ir
Enquanto ir é mais que ficar
Quando ir é a incerteza.
Ir é não saber o que será
E vou, sem saber.
Um brinde a Baco, o deus do vinho
O deus dos excessos
E se é deus do vinho e dos excessos, é deus da abstração
Todas as vezes que leio "Baco", bebo um gole de vinho
Porque o excesso do vinho é a abstração
E a abstração é quando os humanos começam a penetrar o reino divino.
Façamos todos um bacanal
A expressão do prazer
A renuncia a hipocrisia
A aceitação do que se é.
Um brinde a Baco e ao bacanal.
Um brinde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário