segunda-feira, 11 de agosto de 2014

manifesto nº 19 (da culpa)

senti mais uma vez um golpe
tão forte quanto todos os anteriores
uma facada certeira, que tirou a memória
deixou no lugar um vazio, tão grande quanto o universo
ou qualquer outra comparação que traga ideia de imensidão
ou tão pequeno quanto uma folha de papel
branca em parte, suja em outra parte

os golpes mais duros, são aqueles em que somos presa e predador
sinto o peso para erguer a espada e em seguida a dor do golpe
e a ninguém posso culpar, senão a mim mesmo
volto pra casa ferido
mais uma vez

nesse mundo de possibilidades e acontecimentos
onde eu sou o centro da minha própria órbita
me restou tratar todos os ferimentos
e preparar para minha próxima batalha
contra mim mesmo
e torcer pra que dessa vez eu ganhe, não mais perca


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