sexta-feira, 6 de junho de 2014

happy hour international

"de tudo, ao meu amor serei atento"
paraíso perdido, materializado
uma utopia que ainda não se sabe verdade doce
não se sabe nenhum gosto
se sabe do paraíso
e das variações do verbo saber

tudo que quero é por um segundo, novamente fechar os olhos
para tudo aquilo que imagino, vejo nos filmes
um olhar de complacência
a sedução em forma de uma cidade-maçã

o paraíso ainda é a vista da janela
e a festa acontece somente dentro de mim
a musica, dentro de mim

daquilo que chamo passado, tenho as cartas
tenho as vozes, as frases, os olhares
há um baú cheio de objetos
coisas que só eu tenho, de um passado que não é só meu
do futuro não tenho nada, quando tiver será do passado
fucking passado
se fantasia de presente, me presenteia
depois me tortura com a lembrança
com as evidências e relíquias

"quem sabe a morte, angústia de quem vive"
angústia em forma de presente, passado no baú, paraíso na vista da janela

quero beber de todos vocês
brindar como Baco
a janela está aberta, a janela está aberta

fui buscar amsterdam na geladeira
mas ainda não está




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